EXPOSIÇÃO “CASAS DE VIDRO” EM SÃO PAULO | ATÉ 04/03

27/02/2018
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A Casa de Vidro é uma figura arquitetônica recorrente na tradição modernista. A partir do início do século XX, foram disseminadas técnicas construtivas que permitem sustentar lajes e coberturas sobre pilares esbeltos, liberando as paredes de qualquer função estrutural. Essa liberdade foi aproveitada por diversos arquitetos, que passaram a desenvolver projetos com poucas ou nenhuma parede interna e substituindo as externas por lâminas de vidro. Residências envidraçadas e rodeadas por uma natureza de exuberância calculada estão entre os casos mais interessantes de aplicação dessa premissa. 

 

Uma dessas obras, a Casa de Vidro (1951) da arquiteta Lina Bo Bardi, em São Paulo, recebe até o dia 04/03 a exposição “Casas de Vidro”, com maquetes, fotografias, textos e pranchetas de outras três construções emblemáticas: The Glass House (1949), de Philip Johnson; Eames House (1949), do casal Charles e Ray Eames; e Casa Farnsworth (1951), de Mies van der ohe. 

 

As quatro obras também têm em comum terem sido habitadas pelos arquitetos que as desenharam. Excetuando a casa de Mies, foram residências que os arquitetos desenharam para si mesmos, o que lhes deu liberdade para experimentar desenhos mais radicais, que dificilmente seriam aceitos por seus clientes. 

 

A exposição “Casas de Vidro” é organizada pelo Instituto Lina Bo e PM Bardi, que cuida e mantém aberta ao público a casa onde viveu até a sua morte, em 1992, e o acervo de seu escritório de arquitetura. Lina Bo Bardi nasceu na Itália e, em 1946, mudou-se para o Brasil, onde desenvolveu a parte mais importante de sua obra, tendo desenhado prédios emblemáticos como o MASP, na avenida Paulista, e o SESC Pompéia.