AGENDA | Projetando instituições culturais: desafios contemporâneos

02/05/2019
Compartilhar:

Construir um equipamento cultural nos dias de hoje é um grande desafio. Instituições culturais, entre elas os museus, há muito deixaram a postura elitista e hermética para serem pensadas e projetadas como espaços de livre acesso, ampliando ao máximo seu caráter democrático, tentando atrair um público mais abrangente e levando em consideração seu entorno.

 

Passaram a ser locais onde as mais variadas atividades são realizadas, além das tradicionais exposições e da salvaguarda de obras, com espaços dedicados também para cafés e restaurantes, para realizações de palestras, encontros, oficinas práticas, projeções, performances...

 

São instituições complexas, que devem proporcionar aos visitantes experiências singulares. Formas de utilização que nem imaginamos ainda surgirão.

 

Além disso, a própria noção e definição de “arte contemporânea” engloba manifestações artísticas de naturezas muito distintas, dimensões e pesos muitas vezes colossais, e mesmo produzidas com materiais pouco convencionais, que implicam uma série de necessidades especiais.

 

Outra consideração importante é que estas instituições exercem papel fundamental e crescente como centro de convivência e têm assistido a um grande aumento no fluxo de seus visitantes e na diversificação do uso que fazem de seus edifícios.

 

A versatilidade desses locais deve ser considerada desde o momento de criação do projeto arquitetônico.

 

Sendo assim, perguntamos a arquitetos japoneses e brasileiros envolvidos em projetos de grande envergadura de criação ou adaptação de instituições culturais: quais as premissas e desafios de projetá-los nos dias de hoje? E qual o papel do arquiteto nesse trabalho multidisciplinar?

 

Ao longo deste ano, Projetando instituições culturais: desafios contemporâneos trará nomes do Japão e do Brasil, como Hiroshi Sambuichi, Vinicius Andrade e Tsuyoshi Tane, para debater essas questões e expor propostas, criando assim um paralelo e contribuindo para a reflexão e a crítica sobre o assunto.

 

Os encontros serão realizados por três instituições que acreditam no potencial do intercâmbio de experiências entre os dois países: Japan House, Pavilhão Japonês e Arq.Futuro.

 

Natasha Barzaghi Geenen

Diretora Cultural da Japan House São Paulo

 

1º ENCONTRO | 2 DE MAIO

 

Palestra e debate entre Hiroshi Sambuichi e Vinícius Andrade

Mediação: Tomas Alvim, cofundador do Arq.Futuro

Curadoria: Natasha Barzaghi Geenen, Diretora Cultural da Japan House São Paulo

Horário: 14h30 às 16h30

Local: Pavilhão Japonês - Parque Ibirapuera

Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, portão 10 (para pedestres) ou portão 3 para estacionamento, com uso de cartão zona azul)

 

Para fazer a sua inscrição clique aqui.

 

Hiroshi Sambuichi

Nascido na região de Setouchi em 1968, fundou o escritório Sambuichi Architects em Hiroshima depois de se formar pela Universidade de Ciências de Tóquio. Atualmente é professor adjunto na Royal Danish Academy of Fine Arts.  É responsável por projetos como Pavilion "The Water” (Cisternerne in Denmark), Hiroshima Orizuru Tower e Naoshima Hall.

 

Vinícius Andrade

Sócio-fundador do escritório Andrade Morettin Arquitetos Associados, assina, entre outros projetos, a nova sede do Instituto Moreira Salles São Paulo. Professor da Escola da Cidade, é também coordenador do curso executivo Inovação Urbana: novas formas de fazer cidade desenvolvido pelo Insper e Arq.Futuro.