Insper, Arq.Futuro e Itaú Cultural lançam Pós-Graduação em Urbanismo Social

15/07/2020
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Donatas Dabravolskas©️123RF.com

 

Insper, Arq. Futuro e Itaú Cultural lançam pós-graduação em urbanismo social

 

Inscrições para o processo seletivo até o dia 20 de agosto!
 

Uma das formas mais eficientes de distribuição de riqueza, as cidades concentram hoje a maior parte da população mundial. Essa concentração, no entanto, gera problemas – trânsito, poluição, violência. Dessa forma, ao mesmo tempo que são o espaço da diversidade, do encontro e da oportunidade, os agrupamentos urbanos são também palco de dificuldades e conflitos. Resolver esses problemas significa também enfrentar os desafios que apresenta um ambiente dividido entre cidade formal e cidade informal, marca de todos os centros urbanos brasileiros.

 

A cidade formal é aquela em que predomina a legalidade fundiária, a regularidade das infraestruturas e edificações; é a que recebe maior volume de investimentos públicos e privados e em que a presença do Estado é mais evidente. A cidade informal geralmente se expande pelas periferias, por meio de loteamentos irregulares ou clandestinos, moradias de autoconstrução e favelas. Ali a presença do Estado é pouco evidente, falta urbanização, e ocorre, em certos casos, ocupação de áreas de preservação ambiental. Essa cidade precária é a mais habitada: de acordo com dados do IBGE, das 94,6 milhões de pessoas que vivem em concentrações urbanas no Brasil, 76% estão entre as sete piores condições em uma escala de onze classificações.

São Paulo reflete a situação do país: um estudo realizado em 2017 pela Rede Nossa São Paulo mostra que menos de 15% da população do centro da cidade vive em situação de alta vulnerabilidade, ao passo que, em média, 30% da população das periferias enfrenta as mesmas condições. Na área central, a expectativa de vida é de 79,4 anos, enquanto nas periferias a média é de 55,7 anos. Um contraste alarmante é observado também nos números de homicídios: a média de 1,23 por 100 mil habitantes no centro sobe para 38,76 nas periferias.

 

A desigualdade também atinge em cheio a educação: segundo um estudo realizado pela Fundação Roberto Marinho e o Insper, o Brasil perde 214 bilhões de reais por ano com a evasão escolar. De acordo com o Anuário Brasileiro da Educação Básica, publicado pela ONG Todos Pela Educação, em 2019, apenas 51,2% dos jovens de 19 anos em domicílios mais pobres haviam completado o Ensino Médio, ao passo que 87,9% dentre os mais ricos haviam concluído o Ensino Básico.

 

Dessa realidade decorrem questões urgentes: que tipo de profissional precisamos formar, e que tipo de competências sociais precisamos desenvolver, para enfrentar essas contradições? Como assumir uma postura ativa diante de problemas urbanos? Como conciliar Estado, sociedade civil e iniciativa privada, com o fim de viabilizar as transformações pretendidas? Quais são os instrumentos jurídicos, legais e econômicos que podem apoiar essas iniciativas?

 

A partir desses questionamentos, o Arq.Futuro, o Insper e o Itaú Cultural criaram uma parceria para lançar uma pós-graduação em Urbanismo Social. Pioneiro no país, o curso traz uma agenda emergencial às cidades brasileiras: capacitar profissionais para trabalhar na qualificação de territórios onde moram populações em vulnerabilidade social.

 

 

Inscrições, informações sobre o curso, grade curricular e docentes, acesse: https://www.insper.edu.br/pos-graduacao/programas-avancados/pos-graduacao-em-urbanismo-social/