Olhemos para nossos próprios exemplos

POR GUSTAVO PARTEZANI
04/12/2018
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São Paulo enfrentou a questão da renovação nas formas de uso de seus espaços públicos com a implantação de uma vasta rede cicloviária, a promoção de projetos temporários de ocupação das ruas e das praças, a operacionalização de faixas exclusivas para o transporte coletivo e a criação de novos espaços permanentes de lazer e fruição, desenvolvidos a partir do monitoramento e da implantação de projetos orientados a pessoas.

 

A busca de uma nova cidade parte, necessariamente, da mudança do olhar de seus cidadãos sobre seus espaços públicos. É esse olhar, associado a uma nova cultura de uso, que São Paulo deve se empenhar para colocar em prática. Apesar da grande resistência de certa parte da população, a cidade vem apresentando muitos avanços. Os projetos foram primeiramente testados com o intuito de transformar a ocupação da rua e resgatar a escala humana do espaço.

 

Projetos que tratam da renovação de importantes espaços públicos ou políticas de gestão associadas ao redesenho da infraestrutura de áreas pedestrianizadas são ações que enriquecem a paisagem da cidade. Os espaços passam a ser compartilhados, e as opções de transporte e de desfrute do espaço público passam a conviver de forma harmônica. Inicia-se assim um debate sobre a cidade em que realmente queremos viver.

 

São propostas que notadamente já apontam para a transformação de São Paulo em uma metrópole do século XXI. É debatendo e implantando políticas públicas de mobilidade e de qualificação do espaço urbano voltado à sustentabilidade que a busca de uma sociedade um pouco mais equilibrada e de meios alternativos de desenvolvimento econômico e social se concretiza. A partir disso, é possível esperar uma cidade melhor para as próximas gerações que virão a habitá-la. Não podemos permitir retrocessos!