Nos anos 1960, Lotta de Macedo Soares idealizou um parque a céu aberto, livre de construções, monumentos, ou qualquer obstáculo que prejudicasse o pedestre a usufruir da bela vista da Baía da Guanabara do Pão de Açúcar, num lugar previamente destinado para a construção de um corredor para carros. Inaugurado em 12 de outubro de 1965, o Parque do Flamengo é uma das áreas de lazer mais frequentadas por cariocas e turistas nos fins de semana, mesmo enfrentando problemas de manutenção e preservação.
Em novembro de 2014, o Arq.Futuro organizou um seminário com especialistas que discutiram modelos de gestão para parques urbanos e unidades de conservação. Nas vésperas do aniversário de 50 anos, o Parque do Flamengo foi um dos personagens principais do seminário, que contou com apoio da Faculdade de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade.
Esse seminário provocou a mobilização dos moradores, da comunidade para formar o Conselho para a Refundação do Parque Flamengo, visando torná-lo definitivamente um espaço público valoroso e seguro. Nesse processo, um grupo de professores de Direito da FGV iniciou uma pesquisa para analisar os diferentes modelos jurídicos para a administração do parque e propor novas soluções para dinamizar e modernizar sua gestão.
Durante esse processo de refundação, o parque se mantém em movimento através das apresentações nos finais de semana do Teatro de Bonecos e Marionetes seguidas de um piquenique organizado pelas famílias frequentadoras, e das práticas esportivas como corrida, caminhada, skate, esportes com bola, bicicleta. A equipe do Arq.Futuro acompanha de perto esse processo e trabalha para que o Parque do Flamengo seja um exemplo para outros parques urbanos do Brasil.