No dia 24.10, o Arq. Futuro leva ao Rio de Janeiro o seminário “Cidades | Percepção e Comunicação”. O evento acontecerá na Escola Eleva e contará com a participação de importantes nomes do jornalismo brasileiro. São eles Fernando Molica (jornalista e escritor), Consuelo Dieguez (revista Piauí), Octavio Guedes (Extra), Plínio Fraga (jornalista, escritor e colunista colaborador da Folha de S. Paulo), João Gabriel de Lima (ex diretor Bravo e Época) e Marcelo Lins (GloboNews) que promoverão um debate mediado por Tomas Alvim, fundador do Arq.Futuro, Clarisse Linke, diretora executiva do ITDP Brasil, Julia Micheals do Blog Rio Real, e Washington Fajardo, arquiteto urbanista e ex-presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade.
O seminário pretende responder a algumas perguntas: qual é a imagem de cidade hoje prevalente no senso comum do brasileiro? Como a imprensa contribui para a construção dessa imagem? Como está sendo feita a comunicação sobre cidades? Ao buscar respostas para esses questionamentos, o seminário discutirá de forma ampla o papel de jornalistas e profissionais de comunicação na percepção do público sobre as cidades e na formação de cidadãos conscientes e participativos.
As cidades são descritas como a melhor invenção da humanidade por especialistas como Edward Glaeser, professor de economia em Harvard. Ainda segundo Glaeser, os agrupamentos urbanos constituem uma das formas mais eficientes de distribuição de riqueza, e não é por acaso que concentram, hoje, a maior parte da população mundial. Ao mesmo tempo, a importância das cidades para o desenvolvimento econômico e social não exclui a existência de problemas. Exatamente por concentrarem grandes populações, as cidades enfrentam dificuldades e são palco de conflitos. No Brasil, elas ainda apresentam questões primárias, herdadas do apressado processo de urbanização do século XX, que convivem com as conquistas do século XXI, como o acesso amplo à tecnologia e às redes de informação.
“Para os profissionais de mídia, o desafio é apreender essa realidade contraditória e compreender, filtrar e hierarquizar a imensa quantidade de dados hoje produzidos; é distinguir fato de interpretação, aprofundando análises. Se a cidade é complexa, cabe à imprensa ajudar a entender as diferentes forças que a compõem. Órgãos e profissionais de comunicação e mídia carregam a responsabilidade não apenas de divulgar informação, mas também de compor uma agenda pública, determinando o que é discutido e o que não é, o que é percebido como problema e o que não é”, afirma Tomas Alvim.
Durante o seminário, também será apresentada a série de vídeos “Cidade | Cidadão”, produzida pelo Arq.Futuro, que apresenta os principais desafios enfrentados pelas cidades e as soluções propostas pelo urbanismo contemporâneo. Serão exibidos os seis primeiros vídeos da série, criada como resposta à constatação de que o conceito de cidade ainda é pouco compreendido. A série nasceu da constatação de que o conceito de cidade é ainda pouco compreendido por grande parte do público, para quem a vida urbana é marcada pela desconexão entre indivíduo e espaço coletivo. Pretende-se, assim, lançar uma provocação, incentivando os espectadores a refletir sobre o papel fundamental das cidades na distribuição de riqueza e democratização no acesso a oportunidades, e propondo um debate aprofundado sobre a realidade urbana do país.
Os vídeos, em motion graphics e linguagem acessível e produzidos pela Electromagneti.co, apresentam a principal qualidade das cidades, que as torna polos de atração desde o seu surgimento: as cidades são o local dos encontros, da pluralidade, do convívio da diferença. Nos vídeos, também são explicados conceitos centrais do urbanismo – em especial os mais pertinentes para a compreensão dos problemas e oportunidades das cidades contemporâneas. Entre os temas abordados estão espaço público, planejamento, saneamento, ruas, calçadas, adensamento e espraiamento, patrimônio histórico, vazios urbanos, mercado imobiliário e mobilidade.
“O nosso objetivo é usar diferentes linguagens para alcançar um público amplo, que inclui também crianças e jovens, contribuindo para a formação de uma geração comprometida com a participação nas questões urbanas do século XXI. Tornando acessíveis as reflexões da vanguarda do urbanismo, buscamos mostrar que todos podem entender a origem dos problemas urbanos e discutir os caminhos para sua solução”, avalia Alvim.