Nos dias 25 e 26 de setembro, ocorrerá mais uma edição do seminário Arq.Futuro: A Cidade e a Água, em parceria com a plataforma de economia Por quê?, a iniciativa Vamos Limpar o Rio? e a instituição de ensino Insper, e com apoio do 2030 Water Resources Group e da International Finance Corporation. No evento, serão apresentados importantes projetos e estudos de recuperação de rios urbanos e seu entorno, levando em conta tanto sua qualidade urbanística quanto a sua viabilidade financeira.
O tema do primeiro dia de debates é "Novos espaços de fruição para a cidade: a recuperação dos rios e requalificação do entorno", e concentrará as apresentações em que se enfatizam os aspectos de projeto urbanístico e gestão. Ginés Garrido falará sobre o projeto Madrid Río, que consistiu na recuperação do entorno do rio Manzanares, em Madri, onde existiam vias expressas como as marginais de São Paulo e hoje há um grande parque linear. A representante da WRG 2030 Stela Goldenstein apresentará o estudo pioneiro que desenvolveu sobre a despoluição do Córrego Jaguaré, um importante afluente do rio Pinheiros, em São Paulo. Também teremos apresentações de Ricardo Toledo Silva, da Secretaria de Energia e Mineração e professor da FAU USP, sobre o Programa Pinheiros Limpo, e de Danilo Igliori, chairman do DataZAP e professor da FEA USP, sobre o potencial de valorização imobiliária do entorno dos rios com a sua recuperação.
Já no segundo dia, as águas urbanas serão discutidas pela ótica econômica, com o tema “A tarifa dos serviços de abastecimento de água: caminhos para viabilizar a despoluição dos rios”. O assunto será abordado por Américo Sampaio, da Secretaria de Saneamento e Recursos, que apresentará os resultados de uma pesquisa sobre as tarifas praticadas em municípios de São Paulo não atendidos pela Sabesp. Em seguida, Frederico Turolla, coordenador do Projeto RegulaSan e sócio da Pezco Economic and Business Intelligence, falará sobre a regulação subnacional dos serviços de saneamento e o seu potencial, assim como trará experiências de como agências de municípios, consórcios públicos e Estados podem contribuir para o saneamento e a sustentabilidade; e Mauro Rodrigues, professor da FEA USP e economista do Por quê?, apontará a lógica econômica por trás do sistema de cobrança e ampliação de investimentos. Após o intervalo Jerson Kelman, presidente da Sabesp, explicará como o atual sistema de tarifas de água e esgoto reflete os serviços prestados e como um aumento tarifário poderia financiar a expansão do sistema de saneamento e despoluição dos rios; após sua apresentação, João Paulo Capobianco, do Instituto Democracia e Sustentabilidade, examinará as tarifas como instrumento para universalização do saneamento e conservação dos mananciais. A mediação do debate será realizada pelo Vinícius Carrasco, economista e ex-diretor da área de Planejamento e Pesquisa do BNDES.