PACTO PELAS CIDADES JUSTAS

20/06/2020
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PACTO PELAS CIDADES JUSTAS

 

O papel do urbanismo como instrumento contra a violência das cidades foi amplamente comprovado pela experiência de Medellín, na Colômbia: a cidade, uma das mais violentas do mundo na década de 1990, viu suas taxas de homicídios caírem de 380 para 20 por 100 mil habitantes ao longo de trinta anos. A transformação ocorreu graças a um projeto que integrou a construção de espaços e equipamentos públicos de qualidade, soluções inteligentes de mobilidade e investimento contínuo em educação e cultura. Sobretudo, o sucesso se deveu ao fato de que o projeto não se vinculou a uma gestão ou mandato, tendo sido mantido pelas sucessivas administrações da cidade.

 

No Brasil, as soluções de Medellín inspiraram a construção dos Compaz, equipamentos públicos instalados em áreas vulneráveis de Recife, que vêm alcançando resultados promissores na diminuição de índices de violência da cidade.

 

Em São Paulo, esses princípios nortearam a criação do Pacto pelas Cidades Justas, que reúne mais de vinte entidades da sociedade civil a fim de modelar um programa a ser implementado pela prefeitura da cidade. Trata-se, assim, de uma articulação entre a sociedade, a iniciativa privada e o poder público para criar e implementar projetos de desenvolvimento e intervenções urbanísticas em territórios vulneráveis.

 

O Pacto pelas Cidades Justas é, em essência, um modelo de governança em que a larga experiência das entidades do terceiro setor que já atuam em comunidades socialmente vulneráveis será integrada à atuação das secretarias do município. A articulação com a prefeitura garante a centralização das ações, a integração multisetorial das políticas públicas, a convergência das políticas nos territórios selecionados e a continuidade do programa ao longo das próximas gestões.

 

Quer mais informações sobre o Pacto pelas cidades justas? Acesse www.cidadesjustas.org.br para conhecer os projetos em andamento e as instituições envolvidas.